Ser Arte


Sei que sou vulnerável e tímida. Sempre que tento usar a minha voz, parece que não é minha. No entanto, sempre que começo a criar, tudo no mundo está bem. Pego numa caneta e sinto-me normal num mundo virado de pernas para o ar. Mas é quando começo a escrever que entendo o verdadeiro significado de ser vulnerável: é, afinal, um talento. No papel encontro a minha voz, o meu propósito - encontro a minha arte, preenchida por silêncios escritos, mas que diz tudo o que tenho para dizer.

Escrevo o que sinto sem sentir medo da emoção. Escrevo o que penso sem sentir vergonha daquilo em que acredito. Não sigo as regras. Afinal de contas, Arte é Liberdade; não deve ter certos nem errados.

Os meus textos poderão ser confusos, tristes, desesperantes, alegres ou bonitos. Poderão ser tudo ao mesmo tempo e não ser absolutamente nada. Mas sou honesta quando escrevo e as únicas regras que me importam são aquelas que eu própria crio.

Contudo, criatividade é necessária, sendo a forma mais fácil de chegar ao meu coração. É algo mágico e inquietante; não sei o que poderei encontrar. Sei que me sinto livre a criar. Não sou julgada; consigo despertar emoção no outro; usar uma voz que, no dia-a-dia, mantenho escondida dentro de mim. Provoco os outros, mas também com a minha voz sou capaz de criar união.

Assim concluo que a Arte não é apenas cultura ou uma tendência. Arte é tudo aquilo que conseguimos criar de bom, com alguma imaginação e uma pitada de originalidade. No fundo, a Arte somos simplesmente nós. 



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