Skye


Hoje, quero contar-vos a história de como conheci a menina mais doce que poderá existir. Ora bem, foi no mês de abril e estava uma noite gelada. Esta menina esperava-me na estação de comboios e posso dizer que foi amor à primeira vista. Assim que me viu, veio direita a mim e deixou que lhe desse um miminho, enquanto me olhava com os seus olhos castanhos e curiosos, as suas orelhas ligeiramente levantadas e uma cauda, meio castanha e meio branca, a abanar de contente. Penso o leitor já entendeu que falo de uma menina de quatro patas e concorda comigo quando digo que ver um animal contente enche-nos de alegria.

Uma vez em casa, algo inesperado aconteceu: esta doce menina deitou a cabecinha no meu colo e deixou que lhe desse festinhas. Não estava, de todo, à espera que ela o fizesse, pois era a primeira vez que me via. E nesse momento apaixonei-me pela Skye. 

Um dos dias mais emocionantes para mim, foi a tarde em que disseram à Skye «Vai ter com a mãe!». Era eu... Eu sou, também, a mãe desta doce menina, e ouvir estas palavras fez-me sorrir tanto, que mais seria impossível. Senti-me de alma cheia e de coração quentinho.

Olho para a Skye enquanto escrevo este pequeno texto dedicado a si e vem-me à ideia o que, para mim, é cuidar e amar uma cadelinha como ela. Por esta razão, vou escrever o que é ser mãe de uma menina de quatro patas. Sim, porque os nossos animais de estimação são como filhos, que precisam de cuidados e de amor; e apenas nós poderemos dar-lhes a vida confortável e cheia de aventuras, tal como merecem.

Ser mãe da Skye é: dividir mantas quentinhas no sofá e deixar dormir debaixo dos lençóis nas noites mais frias. É fazer companhia enquanto come as suas refeições, sentada no chão a seu lado. Atirar brinquedos nos corredores da casa e fazer uma festa quando apanha os biscoitos no ar. Ensinar a sentar, a deitar e a dar a pata. Dar miminho, abraço e beijinho, sempre e em qualquer momento ou circunstância. Trazer presentes e ver a felicidade nos seus olhos enquanto brinca e saltita. É não saber dela por momentos e encontrá-la no meio das almofadas da cama a dormir ou deitada no braço do sofá. Sair do banho e deixar que me lamba as pernas molhadas. São longas viagens de carro com alguém sempre a despertar de cada vez que sente o carro a abrandar e pronta para passear.

Ser mãe da linda Skye é ainda senti-la a deitar-se encostada a mim para dormir. Saber que está sempre pronta a proteger-me. Ser olhada, tão depressa com olhos compreensivos, como com olhos brincalhões e malandros. Levar «narizadas» carinhosas nas pernas, enquanto um brinquedo é pousado ao meu lado. É ter a certeza absoluta de que ela me é leal, tanto quanto eu lhe sou a ela. 

Ser mãe da Skye é amor, muito amor. E espero conseguir retribuir todo o amor que ela me dá a mim.

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