O quanto gosto de ti


Quero escrever-te um poema, mas não sei rimar. Por isso, escrevo esta carta de amor para te dizer que, se pudesse, roubava a lua só para ti. Ou podíamos viver entre as nuvens, pois já me disseram que lá o céu tem sempre as cores do pôr-do-sol e a melhor vista para a lua.

Apanhava as estrelas e colocava-as num frasquinho. Assim, terias sempre algo para te iluminar o caminho, comigo sempre a teu lado. De mãos dadas, como sempre o fizemos, a celebrar em conjunto e a dar força em cada dia mais difícil.

Também posso encurralar as ondas do mar. Assim terias sempre o seu ruído para te acalmar, no caso de algo não estar a correr tão bem e eu não conseguir estar por perto. Seria apenas até eu chegar e te poder abraçar, sussurrando docemente que tudo irá passar.

E se eu capturar o cheiro da chuva? Faria com ele uma vela para que, sempre que ardesse calmamente, pudesse libertar a sua essência. É sinal de conforto e de paz, tal como nos sentimos em nossa casa: é o nosso refúgio, que tanto conforto nos traz.

Tudo isto seriam poemas, que diriam o quanto eu gosto de ti. Contudo, não conseguindo entregá-los como desejaria, aqui fica a certeza de que se repetisse esta vida, vivendo-a uma e outra vez, nada mudaria e viveria tudo novamente se significasse que iria chegar até ti. Porque encontrei numa só pessoa amizade e amor. Muito amor.


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